domingo
Vontade
Ela é aquela esquina
em rua de muitas esquinas
sem qualquer sinalização.
Cuidado! Preste atenção!
Evite indagar
sobre a sua direção.
Apressados,
muitos passam por ela
sem perceber o sinal…
amarelo.
Alguns,
uns raros,
conseguem dobrá-la.
Tantos vivem dela
sem sequer notá-la!…
Mas como
e por que
ignorar os ilimitados limites
de uma esquina
plena de referências
que reverenciam
marcas, digitais, -
identidade?…
De um lado e de outro…
o outro lado.
E ela… bem ao meio…
a dividir, a provocar,
a inspirar delírios,
devaneios, -
acidentados desejos.
Ponto de desencontros,
a sina dessa esquina
é desdenhar
a curva do possível,
enfadonho ritual de passagem
a dividir o atropelado ir-e-vir
dos sonhos.
ju rigoni (2002)
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Dou-me a quem - como
e quando - quiser,
porque não sou sua...
Nem sua
nem de ninguém...
Nem dos momentos
que aqui dentro
me deixam de fora...
Você não pode me tomar,
e eu não posso lhe dar
o que não é meu...
Não, não me sei,
mas me entendo
como ninguém...
ju rigoni (Anos 70)
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No Bilhete
Amigo,
volta a ser feliz.
Não fica assim, tão tocado...
Tudo neste mundo será pó
ao vento forte,
ou à brisa leve, soprado...
Pega emprestado as asas
de um passarinho,
desliga o motor enguiçado,
e voa sobre esse ar pesado
com mais delicadeza.
Apesar da ironia,
dos momentos de aspereza,
as estrelas ainda estão lá.
Olha para cima
e brilharão no céu dos seus olhos...
É grande o seu universo,
visita um outro planeta;
dá uma chance ao pensamento...
Liberta as palavras
que moram aí dentro...
Esse, sim, é você.
Sem ódios,
sem ressentimentos...
Está bem!, sem refinamentos...
E daí?...
Não há desmerecimento
na sua poesia...
Feita com o mesmo amor
com que o homem simples,
cultiva a terra.
Poesia é quinta
de primeira,
de segunda
a segunda-feira...
Meu querido amigo
e poeta,
é sexto
o sentido
que sopra ao seu ouvido...
E só ao seu ouvido...
Críticas maldosas
são espinhos...
inúteis,
diante da beleza
da rosa...
ju rigoni (1999)
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